quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Filme - Como estrelas na Terra: toda criança é especial


Belo, sensível, impactante...

Taare Zameen Par – Every Child is Special, com tradução de " Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial" é um filme de produção indiana e uma obra prima do até então ator e produtor Aamir Khan, que no filme assume o papel do professor Ram Shankar Nikumbh.
O filme é o relato da história de Ishaan Awasthi, um garoto de nove anos, disléxico, que é incompreendido pela escola e sofre pelo desconhecimento e abandono dos pais, que se preocupam apenas em torná-lo produtivo, competente para o trabalho e apto à concorrência.

Na escola, Ishaan é dispersivo e encanta-se com um mundo que só ele vê. A mente criativa e prodigiosa do menino é ignorada pelos professores. Na sala de aula, os algarismos da prova adquirem vida e travam com ele, uma incrível batalha intergalática. Ishaan ignora os significados dos códigos, para ele o mundo é de um colorido e de um ritmo bastante diferente do que vive na sala de aula. Ele se encanta com o vôo das borboletas, com os pássaros que alimentam os filhotes e com os pingos da chuva nas poças d'água. As nuvens são seu chão firme. O menino sonha e seus sonhos não cabem no currículo escolar.

Diferente dos outros, Ishaan sofre. Rotulado e estigmatizado, se isola. Reprova de ano e é encaminhado pelos pais a um internato que costuma usar como marketing institucional explicar aos pais que são os melhores domadores de cavalos selvagens. Ishaan é entregue e própria sorte, abandonado intelectual e emocionalmente, tido como preguiçoso, relapso, desorganizado. Nada mais faria sentido pra ele, se Ram Shankar Nikumbh, um professor substituto não cruzasse seu caminho e o resgatasse desta triste história.



“Taare Zameen Par – Every Child is Special" , é um filme questionador e instigante. Nos faz pensar sobre tantos Ishaans que por nós podem ter passado, incompreendidos, encaminhados equivocadamente à escolas especiais, excluídos, rotulados. Nos apresenta possibilidades de repensarmos os discursos que usualmente utilizamos para constituir os sujeitos os quais denominamos não aprendentes. Surge o desafio de que nos interroguemos sobre a educação, a escola, o currículo, as competências, os alunos e as alunas, as diferenças, os olhares, os discursos, o padrão, o normal, o fazer e o nosso não fazer pedagógico. Desafia-nos a desapergar-nos da ideia das correções, para pensarmos outras relações de ensino e aprendizagem a partir das diferenças e a possibilidade de uma inclusão das diferenças na escola, uma oportunidade para estudar e experimentar pedagogicamente outras representações de diferença que escapem ao normalmente instituído pela escola como o lugar do desvio, da anormalidade ou da deformidade. Chama a atenção para como temos olhado e significado a "falta de atenção", "os erros", o "mau comportamento", "a falta de interesse", 'a incapacidade de ler e escrever" e tantas outras formas de interpretarmos o cotidiano de uma criança que não está aprendendo.



É um filme que emociona pela produção, pela trilha sonora, pelas imagens, pela sensibilidade com que foi criado, mas acima de tudo, pelo sentimento de que pela educação podemos impregnar de sentido a vida das pessoas e como dizia Paulo Freire, entender que ensinar e aprender não pode se dar fora da boniteza e da alegria.

É preciso que ensinemos os saberes do mundo, mas também, que ensinemos e aprendamos os saberes do coração.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

The Introvert Advantage: How to Thrive in an Extrovert World


Trecho do livro:

"O local de trabalho pode ser recheado de diversas possíveis armadilhas para os introvertidos. A maioria delas requer muitas habilidades fora de sua zona de conforto. Por isso, os introvertidos geralmente trabalham sozinhos, em casa ou em um emprego onde tenham flexibilidade. Mas, como nem todos os introvertidos conseguem arrumar um esquema de trabalho que seja um nicho natural perfeito, é fundamental que compreendam como evitar os perigos potenciais de uma agenda que se estenda das nove da manhã até as seis da tarde.
Alguns anos atrás, uma empresa local me contratou para conversar com dois de seus funcionários que se desentendiam constantemente. A esperança era que eu pudesse ajudar Jack (o gerente extrovertido) e Carl (seu subordinado introvertido) a resolverem suas diferenças.
Conversei primeiro com Carl. "Jack me bombardeia com perguntas. Tenho vontade de dizer a ele que pare, que vá mais devagar, que me dê um minuto. Ele não me deixa pensar sobre as coisas. Não ouve minhas idéias. Ele fala muito e, então, decide fazer as coisas do seu jeito. Sempre acabo com a cabeça martelando e um nó no estômago. Estou começando a ter problemas para dormir à noite."
Depois, conversei com Jack: "Estou quase arrancando os cabelos. Carl é retraído demais. Ele se esconde em sua sala. Fica mudo nas reuniões e não faz nenhuma contribuição. Não acho que ele tenha espírito de equipe."


Marti Olsen Laney Psy.D.

Ficou imediatamente claro para mim que a razão pela qual esses dois homens estavam dando cabeçadas era o fato de um ser introvertido e o outro, extrovertido. Como não compreendiam um ao outro, acabavam acusando-se mutuamente. Mal conseguiam criar um ambiente de trabalho produtivo.
Em seu livro "Type Talk at Work" [Papo sobre tipos no trabalho], Otto Kroeger e Janet Thuesen discutem as diferenças entre introvertidos e extrovertidos no trabalho: "Ao contrário dos extrovertidos, que revelam abertamente sua personalidade, os introvertidos quase sempre guardam para si o que têm de melhor. A parte mais rica e segura da personalidade de um introvertido não é necessariamente compartilhada com o mundo exterior. É preciso tempo, confiança e circunstâncias especiais para que eles comecem a se abrir."

Por que os extrovertidos são sempre os mais bem-vistos?
"Um homem discreto normalmente é admirado - quando consegue que as pessoas o ouçam" (Ed Howe). É fácil ver por que os introvertidos, trabalhando em ritmo lento mais constante em suas mesas, podem não parecer tão "ligados" quanto aos extrovertidos. Jane, uma editora introvertida, me disse: "Sempre vejo o mesmo olhar surpreso no rosto das pessoas quando finalmente me abro para elas. Ficam chocadas com o tanto que conheço a minha área de atuação. Só porque sou mais quieta não significa que não seja bem informada."
Os extrovertidos saem de trás de suas mesas, encontram e cumprimentam todo mundo. Gostar de ter os ouvidos abertos para a comunicação informal da empresa e se reúnem com seus colegas após o expediente e nos fins de semana. Geralmente, são cordiais e expressivos. Gostam de falar sobre suas realizações e não se incomodam em estar no centro das atenções. Na verdade, podem até querer estar em eviênia. Dão voz às suas idéias em reuniões, falam bem diante de um grupo e gostam de falar ao telefone. Gostam de se sentir envolvidos e podemos vê-los movendo-se de um lugar ao outro com ar ocupado e importante. São rápidos para tomar decisões, ativos para dar sugestões e idéias e não se incomodam em ficar falando qualquer coisa que seja; na verdade, podem até achar divertido discutir. Fazer autopromoção e estabelecer uma rede de relacionamentos pessoais é algo natural para eles. São os melhores assessores de imprensa que eles mesmos poderiam ter.

10 Myths about Introverts

Myth #1 – Introverts don’t like to talk.
This is not true. Introverts just don’t talk unless they have something to say. They hate small talk. Get an introvert talking about something they are interested in, and they won’t shut up for days.

Myth #2 – Introverts are shy.
Shyness has nothing to do with being an Introvert. Introverts are not necessarily afraid of people. What they need is a reason to interact. They don’t interact for the sake of interacting. If you want to talk to an Introvert, just start talking. Don’t worry about being polite.

Myth #3 – Introverts are rude.
Introverts often don’t see a reason for beating around the bush with social pleasantries. They want everyone to just be real and honest. Unfortunately, this is not acceptable in most settings, so Introverts can feel a lot of pressure to fit in, which they find exhausting.

Myth #4 – Introverts don’t like people.
On the contrary, Introverts intensely value the few friends they have. They can count their close friends on one hand. If you are lucky enough for an introvert to consider you a friend, you probably have a loyal ally for life. Once you have earned their respect as being a person of substance, you’re in.

Myth #5 – Introverts don’t like to go out in public.
Nonsense. Introverts just don’t like to go out in public FOR AS LONG. They also like to avoid the complications that are involved in public activities. They take in data and experiences very quickly, and as a result, don’t need to be there for long to “get it.” They’re ready to go home, recharge, and process it all. In fact, recharging is absolutely crucial for Introverts.

Myth #6 – Introverts always want to be alone.
Introverts are perfectly comfortable with their own thoughts. They think a lot. They daydream. They like to have problems to work on, puzzles to solve. But they can also get incredibly lonely if they don’t have anyone to share their discoveries with. They crave an authentic and sincere connection with ONE PERSON at a time.

Myth #7 – Introverts are weird.
Introverts are often individualists. They don’t follow the crowd. They’d prefer to be valued for their novel ways of living. They think for themselves and because of that, they often challenge the norm. They don’t make most decisions based on what is popular or trendy.

Myth #8 – Introverts are aloof nerds.
Introverts are people who primarily look inward, paying close attention to their thoughts and emotions. It’s not that they are incapable of paying attention to what is going on around them, it’s just that their inner world is much more stimulating and rewarding to them.

Myth #9 – Introverts don’t know how to relax and have fun.
Introverts typically relax at home or in nature, not in busy public places. Introverts are not thrill seekers and adrenaline junkies. If there is too much talking and noise going on, they shut down. Their brains are too sensitive to the neurotransmitter called Dopamine. Introverts and Extroverts have different dominant neuro-pathways. Just look it up.

Myth #10 – Introverts can fix themselves and become Extroverts.
A world without Introverts would be a world with few scientists, musicians, artists, poets, filmmakers, doctors, mathematicians, writers, and philosophers. That being said, there are still plenty of techniques an Extrovert can learn in order to interact with Introverts. (Yes, I reversed these two terms on purpose to show you how biased our society is.) Introverts cannot “fix themselves” and deserve respect for their natural temperament and contributions to the human race. In fact, one study (Silverman, 1986) showed that the percentage of Introverts increases with IQ.

It can be terribly destructive for an Introvert to deny themselves in order to get along in an Extrovert-Dominant World. Like other minorities, Introverts can end up hating themselves and others because of the differences. If you think you are an Introvert, I recommend you research the topic and seek out other Introverts to compare notes. The burden is not entirely on Introverts to try and become “normal.” Extroverts need to recognize and respect us, and we also need to respect ourselves.
-Carl

Site da autora: http://theintrovertadvantage.com/being.html, http://theintrovertadvantage.com/
Blog do Adam Young: http://owlcityblog.com/2011/06/27/10-myths-about-introverts/

sábado, 2 de julho de 2011

Amyr Klink: Um Homem Precisa Viajar


"... Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver". ("Mar sem fim"- Amyr Klink)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

VIAJANTES

  
Foto: Jonathan Duriaux


  "Somos todos viajantes de uma jornada
cósmica – poeira de estrelas, girando e dançando
nos torvelinhos e redemoinhos do infinito: a vida é
eterna. Mas suas expressões são efêmeras,
momentâneas, transitórias. Gautama Buda disse
certa vez: 'Nossa existência é transitória como
as nuvens do outono. Observar o nascimento e
a morte do ser é como olhar os movimentos da dança.
Uma vida é como o brilho de um relâmpago
no céu, levada pela torrente montanha abaixo.' 
Nós paramos um instante para encontrar o outro
para nos conhecermos, para amar e compartilhar.
É um momento precioso, mas transitório. Um
pequeno parêntese na eternidade. Se partilhamos
carinho, sinceridade, amor, criamos abundância e
alegria para todos. Esse momento de amor
é eterno."

 Deepak Chopra


Obs.: Jo, obrigada pela foto cedida gentilmente.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Menina com câncer terminal cria blog: lista de desejos

Uma adolescente britânica de 15 anos em estado terminal de câncer atraiu mais de 230 mil visitantes para seu blog no qual relata sua busca em conseguir completar uma lista de 17 coisas que pretende fazer antes de morrer.

Alice Pyne lançou seu blog na última segunda-feira, após seus médicos terem considerado que não há mais tratamentos possíveis para o linfoma descoberto há quatro anos.


‘Eu sei que o câncer está me vencendo e não parece que eu vou vencer esta’, diz ela em sua apresentação no blog. ‘É uma pena, porque há tanta coisa que eu ainda queria fazer’, escreveu ela.
Ela prometeu documentar ‘o tempo precioso com minha família e meus amigos, fazendo as coisas que eu quero fazer’. ‘Você só tem uma vida… viva a vida’, complementa.

Em uma mensagem postada após o sucesso do blog, ela escreveu: ‘Nossa, eu pensei que estava só fazendo um pequeno blog para alguns amigos! Muito obrigado por todas suas adoráveis mensagens para mim’.

Entre os desejos da menina está nadar com tubarões, encontrar a banda Take That, visitar uma fábrica de chocolates e inscrever sua cachorra, Mabel, em um concurso.



Ela também incluiu em sua lista ‘fazer todo mundo se inscrever para se tornar doador de medula’.

Na quarta-feira, com a repercussão  de sua história, o próprio primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu se tornar um doador após ouvir o relato do caso de Alice no Parlamento por um deputado opositor.

O sucesso também a ajudou a arrecadar mais de 10 mil libras (cerca de R$ 26 mil) em doações para uma organização beneficente de pesquisas sobre o câncer.




Blog de Alice: alicepyne.blogspot.com
Twitter: twitter.com/alice_pyne
E-mail: alicesbucketlist@aol.com

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um Menino Pequeno, Um Grande Artista

Olá amigos! :)

Bom, primeiro de tudo: essa matéria foi escrita com muito carinho e é sobre um menino anjo e vocês entenderão o porque de chamá-lo assim. =) Ele contribui ativamente e por iniciativa própria para o nosso mundo ser um pouquinho melhor a cada dia. Espero que gostem e possam se sentir tão inspirados e felizes em conhecê-lo quanto eu.




Um menino escocês de 6 anos, que, com a venda de seus desenhos, arrecadou
milhares de dólares para um hospital em Edimburgo e acabou de assinar um
contrato com a editora Hodder Children's Books.

Inicialmente, o plano de Jack Henderson era levantar cerca de US$ 160 (R$ 260) para o hospital que cuida do seu irmão bebê, Noah, que tem problemas pulmonares. Até agora, Jack já arrecadou US$ 27 mil (R$ 43 mil).


Alguns dos desenhos de Jack:


Giraffe on top of Mount Everest to find the highest flower on Earth to eat for Fiona Titcombe

Happy World for Alisoun MacKenzie

Spongebob Squarepants for Amanda Grant

Vídeo sobre o lançamento do livro (em inglês):


Seu livro "Jack Draws Anything" (tradução literal: "Jack desenha qualquer coisa") será lançado no dia 6 de outubro/2011 e todos os lucros serão destinados à Sick Kid's Friends Foundation (fundação dos amigos das crianças doentes).


Jack, Noah e Toby
Família Henderson: Ed (pai), Rose (mãe), Noah e Toby (irmãos) e Jack

Site oficial: jackdrawsanything.com

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Solidariedade também é coisa de criança... :)

O OLHAR DE BIA


Tudo começou quando Bia, uma menina de 6 anos, sempre que saía com seu pai, percebia que existiam várias crianças nas ruas e faróis pedindo brinquedo, comida ou ajuda. Bia guardava os doces que ganhava durante muito tempo, até que o pai perguntou. Onde estavam as balas que ela havia ganhado? Para sua surpresa, ela foi ao seu quarto e voltou com uma lata cheia com balas, e disse: “Pai, eu guardei essas balas pra nós darmos no Natal, para criancinhas lá no farol que estavam pedindo”.

O Pai constrangido com aquela atitude, misturou alegria com vergonha e, no mesmo dia, pediu ajuda a alguns amigos, que contagiados pelos mesmos sentimentos, saíram a campo e, no Natal de 2006, entregaram mais de 600 Kits.E da união de amigos, motivados por um olhar sem preconceito e cheio de amor e pureza, nasceu o “Olhar de Bia”, que não parou mais...

Entrevista no programa Hoje em Dia (em 2008)

          


Site da ONG: olhardebia.com.br
Contatos: contato@olhardebia.com.br, olhardebia@hotmail.com, ricardo@olhardebia.com.br